quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Feliz Natal

Mais uma vez é Natal;
A sensibilidade invade os corações,
Também a alegria, torna-se visível...
Há mensagens de paz e esperança
E a espera que menino Deus traga
União, paz e que o amor derrame
Solidariedade e fraternidade entre irmãos.

Vive mais o amor neste tempo
Inspire-te na alegria deste nascimento...
Lute para que a esperança não desfaleça
Ame-te, deixe-te conhecer este Menino
Sendo iluminado por ele.

Boas obras, bons frutos produza
Onde estiveres reluza esta luz
Assim, levarás por onde fores
Sempre alegria e o Menino Jesus.

Lute por um mundo melhor
Enfrente com sabedoria os desafios
Mansidão seja tua arma de combate
Onde houver escuridão ilumine com o amor
Seja a presença que desfaça a discórdia.

Dê o perdão a quem te machuca,
Abra-te para também receber a absolvição.

Saiba fazer um Natal diferente
Independente o que esteja vivendo
Louve, agradeça este grande presente
Viva este imenso acontecimento
Assim, teu Natal será plenamente.

Ataíde Lemos

domingo, 27 de novembro de 2011

Cenas eternas




Hoje acordei feliz
Mas, uma palavra
Mudou meu dia
Tirou minha alegria
E trouxe você
Fortemente
Em minha mente
Abriu-me o coração
Para entrar a saudade
Que também
Faz parte de meu Ser
Pois, jamais
Irei te esquecer.

Uma imagem que sempre via
Quase todas as manhãs
Você andando pela casa
De um lado para o outro
Com aquele cobertor
Nas costas
No frio ou no calor.
Com um rosto de sono
Arrastava os chinelos
Para casa inteira
E deitava no sofá
Para assistir a TV.

A cada cena tua
Que me vem
Trazem com elas
Águas nos olhos
Por sentir tua falta
Por lembrar-me
Do teu sorriso
Que se apagou,
Por sentir
Que cada dia
Mais distante
O tempo vai te levando
Mesmo sabendo
Que mais presente
Na minha vida
Vai se tornando.

Ataíde Lemos

sábado, 26 de novembro de 2011

Dor na alma


Tem momentos que me sinto forte
Como uma rocha, tendo definido meu norte
Noutros, sinto frágil, minhas forças se vão
Ao ver-me impotente diante do coração.

Ao voltar-me no tempo e na nossa história
Tantos instantes lindos gravados na memória
Agora; somente ouço teu silêncio e um vazio
E minh’alma recente em intensos calafrios.

É uma saudade que não tem mais fim
Pela partida e tua alegria que findou
Calando-se, silenciou também em mim.

A cada lembrança, a cada momento
Que me pego pensando e falando em você
São lágrimas frias em meus sentimentos.
Ataíde Lemos
Poeta e escritor


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Filho


Às vezes, meu coração chora
Quando lembro-me de você
A saudade invade meu Ser
Por não ter-te mais aqui
Como sempre esteve.

Quando passo por onde
Muitas vezes, sorrimos juntos
Quando lembro-me de tuas palavras,
De teus sorrisos,
De nossas conversas,
Do teu jeito alegre de ser...

Mas, aí fico pensando
Em tantos que também
Sentem saudades dos seus
Que também se foram
De formas, às vezes, mais violentas
E que não tiveram a felicidade
De viverem tantos lindos momentos
Como nós vivemos.

Também fico olhando o mundo
Cada dia mais triste,
Mais violento, mais sem amor
E tantos se perdendo
Passando pela vida sem viver
Somente sofrendo
E fazendo muitos sofrerem
E lembro-me de nós
De como fomos felizes
De quando podemos viver
Mesmo sendo pouco tempo
E então, vem a alegria
Mesmo sem ter-te aqui
Porque você foi
O mais lindo presente
Que tive e me orgulho
Por 16 anos ter-te
Aqui comigo
E hoje é um anjo
Que olha por mim.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eterna criança


Eterna criança


Hoje é Dia da Criança
Meu infindável menino
Minha eterna criança.
Não tenho como te abraçar
Mas, palavras posso falar
Pois, mesmo não te tocando
Meus sentimentos estão
Unidos ao teu coração
E sei que está me escutar.

Ao ver uma pipa no céu
Bailando ao léu
Nela posso te ver
Rompendo o véu
Alegrando meu Ser.

Teu jeito moleque,
Irreverente, brincalhão
Que entre anjos brincando
E o céu alegrando.
Ataíde Lemos

sábado, 1 de outubro de 2011

Viver sem você


Viver sem você

Viver sem você;
É viver um dia de cada vez
É não olhar pro futuro
Nem ficar parado no passado
É pensar que você está bem
E num lugar melhor que aqui;
É acreditar que você
Está a nos guardar,
E quando for intensa a saudade!
Não ter receio de chorar.
É não deixar
Que a tua imagem se vá
Mas, é não permitir
Que ela não te faça
Parar de caminhar.

Viver sem você
É ter-te presente
Mesmo que ausente.
É jamais deixar
Que a tua alegria de outrora
Transforme em prantos agora.

Ah! viver sem você
É algo que se precisa aprender
Porém, não é fácil...
Mas, é possível
Pois, a tua presença
Torna-se ainda mais visível.
Ataíde Lemos

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Convite ´Lançamento de Livro"


Para obter a imagem grande basta clicar nela

Conviver com a dor


Procurei algo para expressar o viver de alguém que perde um filho e me veio o seguinte exemplo: as doenças crônicas.

Quando você descobre que tem hipertensão ou hipotensão arterial, ou mesmo diabete você tem duas escolhas; uma é conviver com ela procurando manter-se cuidando para que possa ter vida longa; a outra, é não se cuidar e fatalmente, a doença te levará a morte brevemente.

Enfim, ao perder filho(s), temos duas escolhas; ou vivemos com esta dor e saudade até o fim de nossos dias, mas procurando cuidar para que ela não noa tire o prazer de viver apesar de... ou, nos entregamos e assim, morreremos precocemente, mas enquanto isto, sofreremos muito. Graças a Deus muitos de nós com a força Dele fazemos a primeira opção.

Ataíde Lemos

domingo, 18 de setembro de 2011

Anjo Protetor


Anjo Protetor

Quando estavas aqui te seguravas pelas mãos
Hoje te tenho mais que nunca em meu viver.
Você é o anjo que guarda-me na escuridão
Guardião que Deus deu-me para me proteger.

Mesmo não lhe tendo mais aqui fisicamente
Sinto-te mais próximo de mim a tua presença
Teu calor, a tua alegria tornou-se permanente
Tua ida deixou saudade, mas bela experiência.

Hoje não tenho mais os medos de outrora
Pois, cada dia, viver é ainda mais desafiante
As preocupações tornam-se mais constantes.

Sei que tua presença física me traz saudade
Mas, ao mesmo tempo uma alegria me invade
Em ter-te junto a mim, como um anjo protetor.
Ataíde Lemos

Venha fazer parte da comunidade Pais que perderam filhos,
e partilhar seus sentimentos e esperanças
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=116470699

domingo, 11 de setembro de 2011

Uma luz



Uma luz

Hoje vejo você
Como uma luz que brilha
Além dos montes;
Como um farol
A me apontar um novo horizonte.
Sinto-te tão perto a mim
Mesmo não estando mais aqui,
Não te vejo distante.
Ainda que a saudade
Seja uma constante
Meu coração está calmo
Porque a todo instante
Tua presença
Pode ser sentida
Iluminando minha vida
Enquanto sigo
Neste mundo itinerante.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

“...Para mim morrer é lucro...”


Pais que verdadeiramente amam seus filhos, mesmo que os tenham e tem como pedaço de si, sua maior felicidade é os verem bem, realizados, felizes, independente estejam pertos ou distantes.

Pela fé acreditamos que a morte é uma passagem de uma vida para uma outra, e esta outra é eterna e de plena felicidade, como diz São Paulo “...para mim morrer é lucro...” , ou seja, ainda que a vida eterna seja algo que acreditamos através da fé, sabemos que é infinitamente melhor que a terrena.

Da vida após a morte, nada conhecemos há não ser a ressurreição de Jesus e suas aparições por algum tempo, e certamente, isto basta. Porém, varias religiões, segundo suas interpretações bíblicas nos apresentam a eternidade de formas diferentes, porém o que há em comum em todas elas é a felicidade plena para aqueles que partiram desta vida.

Portanto, nós pais que perdemos filhos ou entes amados e que, dizemos acreditar em Deus e na vida eterna não podemos permitir que as dores da perda nos transformem em pessoas amargas ou sem prazer para continuar a viver. Não podemos permitir que a saudade seja maior que nossa crença em Deus. Enfim, não podemos permitir que nossa dor seja em demasia egoísta, isto é, mesmo sabendo pela fé que nossos entes estejam bem melhores que se estivessem conosco, não aceitamos a sua partida.

Sei que estas palavras são fortes, mas também entendo que para os que acreditam em Deus, sabem que Ele é o Senhor da nossa vida e o seu amor é intenso por nós. Que jamais nos abandona na hora de nossa dor e que no tempo oportuno abre nossos olhos, cura nossas feridas, alivia nossa dor e nos faz caminhar novamente, ainda que saudade permaneça.

Há dois meses perdi um filho com 16 anos e 1 mês. Um adolescente cheio de vida, sonhos e planos. Sua morte, deu-se em um atropelamento bobo. Confesso que fiquei revoltado, briguei com Deus e fiquei a procura de respostas como todos que passam por isto fazem. Senti, minha fé abalada, mas jamais deixei que ela acabasse, pois ao mesmo tempo em que tinha pensamentos ruins, procurei em Deus a força para não me entregar ao ateísmo.

Minhas angustias eram a saudade de meu filho e o silêncio que sentia de Deus, pois parecia que Ele não me respondia se meu filho estava bem, ou seja, se de fato havia a vida eterna, pois tendo uma resposta de Deus, meu coração se aliviaria e a saudade passaria ter uma outra conotação e assim continuaria refazendo minha vida, pois o importante para mim é a certeza que meu filho está muito melhor agora que se estivesse entre nós.

Porém, Deus falava comigo através de pessoas, sonhos, e por meio de minhas procuras em ler mais sobre vida após a morte, etc., no entanto, não percebia que Ele me respondia aos poucos indagações feitas, devido meu coração encontrar-se enlutado – isto é comum acorrer conosco quando perdemos um filho ou alguém que muito amamos, pois nos fechamos na dor e não conseguimos visualizar a presença de Deus nos confortando e nos respondendo as nossas indagações.

No entanto, após 50 dias de seu falecimento, pedi que ele intercedesse a Jesus para curar uma dor intensa em meu estomago e imediatamente a dor passou como se fosse arrancada de mim. Ou seja, naquele instante, pude ter a certeza que meu filho está bem, está feliz e que eu já não deveria mais entristecer, mas sim, me sentir feliz novamente e a partir de agora cultivar a alegria deste lindo presente que Deus me deu por 16 anos e 1 mês.

Em suma, esta reflexão e este testemunho têm o objetivo de ser esperança aos perderam entes amados, para que não permitam que esta dor seja tão intensa e longa a ponto de jogar por terra a fé e que mantenham a paciência para esperar o tempo de Deus para que obtenham respostas as suas perguntas e para que a dor não tenha em si uma grande parcela de egoísmo a ponto de não conseguir vislumbrar a felicidade do ente querido, pois a vida após a morte não é uma tragédia , mas sim um presente de Deus dado a todos nós.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tornou-se meu anjo



Às vezes, pego-me pensando em você
Nas coisas que juntos nós fazíamos;
Em tantos sonhos que planejamos;
Nos momentos bons que nós vivíamos

Em todas as alegrias que partilhamos.

Às vezes, pego-me pensando em você
E, em instantes, começo chorar
É uma saudade imensa me apertar
Que sem desejar, sou forçado aceitar

De que se foi para não mais voltar.

Às vezes, pego-me pensando em você
Vejo-me envolvido em perguntas a fazer;
Tenho ciência que nenhuma irá responder
Aos meus vários “sis” e “porquês”
Mas, mesmo assim, insisto querer entender.

Às vezes, pego-me pensando em você
Por vezes, sinto-me grande paz
Ainda que distante, você me traz
Uma quietação, que outrora senti jamais
Tornou-se meu anjo e um bem me faz.
Ataíde Lemos

domingo, 21 de agosto de 2011

Mãe dos pais que perderam filhos.



Mãe dos pais que perderam filhos.

Quando dói a saudade em meu coração...

Quando me pego sem aceitar e entender...

Quando meu peito põe-se em aflição...

Quando tua lembrança me faz sofrer...


Quando fico com mil perguntas a fazer...

Quando minha fé tende querer desmoronar...

Quando fico humanamente a me responder...

E respostas concretas não consigo encontrar...


Quando a tristeza vem me abater

Volto-me a aquela mulher especial; Maria

Que aceitou o projeto de Deus sem nada entender

Sem questionar, doou-se a sua vida com alegria.


Maria, aquela que carregou no ventre a Luz

E nem por isto sua vida foi só de esplendor

Mesmo sendo a mãe do nosso salvador; Jesus

Teve ao colo morto seu filho; Nosso Senhor.

Ataíde Lemos

sábado, 20 de agosto de 2011

Acreditar, confiar e agir

Acreditar, confiar e agir

Às vezes confundimos o sentido da palavra “acreditar” com a palavra “confiar”. Eu acredito que tal cadeira sustente meu peso, mas quando me pedem para sentar tenho medo que ela não resista, este é um exemplo entre acreditar e confiar. Da mesma maneira, poderíamos usar um exemplo relacionado a Deus, ou seja, eu acredito que Deus caminha comigo na escuridão, mas tenho medo de atravessar uma estrada sem luz.

Acreditar é crer na existência de..., confiar é entregar-se a ... O demônio acredita na existência de Deus, no entanto, ele não gosta e faz tudo para que afastamos Dele, portanto, não basta que dizer que acreditamos em Deus, mas não se confiamos o suficiente para entregarmos a Ele o leme de nossa vida.

Algo importante a se dizer também é que Deus, pode fazer tudo por si só para nós, no entanto, Ele quer nossa participação. É preciso que ao mesmo tempo em que entregamos a Ele nossa vida, nossas angustias, nossos problemas, etc. façamos também nossa parte. Não basta pedir, mas deixar de agir para que aconteça o que desejamos. Enfim, temos que acreditar, confiar e agir.

É comum quando estamos sofrendo, a nossa humanidade falar alto e aí, entramos num processo de interiorização nos fechando ao sofrimento, sem vontade de sair dele. Ou seja, permitimos que o sofrimento vá tomando posse de nós por inteiro, agindo desta forma, fechamos as portas para a Ação de Deus e assim, Ele não tem como agir e nos curar.

Conheço na carne a dor da humanidade, ao perder um filho. Sentimos uma dor intensa que nos tira o horizonte. Tira-nos a esperança e acabamos brigando com Deus, por não aceitar a perda. Mas, com o passar dos dias, este mesmo Deus maravilhoso, vai nos confortando, acalentando e restabelecendo-nos a ponto de olharmos para a dor, sentir-se um consolo aceitando os mistérios de Deus e voltarmos a confiar Nele. Pois, Ele abre a ferida, mas nos dá o remédio necessário capaz de curar-nos.

Nesta vida estamos sujeitos as alegrias e provações e, são nas provações que exercemos a fé que declaramos, como também somos provados a confiar em Deus, pois há situações que estão além de nossas forças e capacidades humanas. Estão além de nossos limites e certamente, é nossa fé e confiança de Deus que nos ajuda a atravessar os reveses da vida.

Em suma, nas mais diversas provações a que somos submetidos, seja a perda de um ente querido, seja uma doença ou mesmo uma situação que pode desestruturar toda a família, como no cada de uma dependência química, alcoolismo, etc. é necessário confiar em Deus, se entregar a Ele, mas fazer a nossa parte, ou seja, buscar os meios necessários para superar. Não basta dizer que acredita em Deus, mas não ser capaz de confiar que Ele está no comando e cruzarmos os braços fechando-se para a Sua Ação.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Revisão de conceitos de vida


Revisão de conceitos de vida

No caminhar da vida, sempre estamos passando por momentos que costumamos dizer que servem como experiências, mas, no entanto, basta passar alguns dias ou meses que voltamos ser a mesma pessoa de antes, ou seja, não serviu de experiência coisa alguma.

É preciso ressaltar que esta frase “serviu de experiência” que falamos, na grande maioria das vezes ocorrem em situações difíceis pela qual passamos, pois, na alegria nem damos conta de que estes momentos também poderiam nos ensinar muito.

Há vários escritos sobre situações que devem nos levar a uma nova interpretação da vida, ou seja, como a vivemos. Algumas dessas situações que nos fazem repensarmos estão em relações às doenças. É comum quando gozamos de plena saúde, nem nos preocuparmos com ela, então abusamos nos alimentos, no trabalho, nos vícios, etc. Porém, ao adoecermos tomamos um susto, porque percebemos nossa fragilidade, isto nos faz sofrermos muito, pois somos obrigados a repensar nosso estilo de vida, deixar de alguns maus hábitos alimentares e de comportamentos nocivos à saúde. Estas mudanças certamente, levam um tempo de adaptação e causam em nós descontentamentos emocionais com disfunções psicológicos

Outro fator que leva-nos a repensar a forma como vivemos está relacionada também a doença, no entanto, não em nós, mas sim em entes que amamos, principalmente, quando se trata de filhos. Uma destas doenças é a dependência química, por exemplo. Ah! como a dependência química muda totalmente às pessoas, às vezes, até parece que Deus a permite, pois ela é fator de mudança radical tanto no dependente quanto em seus familiares sobre a maneira de como vê um dependente e/ou julga as pessoas, familiares, sociedade, etc.

Muitas vezes nos achamos acima do bem e do mal e saímos por ai falando besteiras, julgando jovens, adultos alcoólatras, famílias por possuírem entes dependentes, no entanto, quando somos acometidos pelo mesmo problema passamos a ter uma nova visão das drogas, dos usuários e dos dependentes tornando pessoas melhores, unindo-se mais as pessoas que possuem condições culturais, sociais e financeiramente inferiores e, às vezes, sentimos até inveja de famílias humildes em todos os sentidos que possuem um lar harmônico e sem estes problemas relacionado às drogas.

Realmente dependência química é algo que promove repensarmos a vida e olhar com mais humildade para pessoas que estão as nossas voltas como também, leva-nos sairmos de nosso comodismo e atuar mais junto a sociedade, pois é impossível o homem curar doenças emocionais no isolamento, ou seja, o homem tem necessidade de compartilhar suas dores para vence-las.

Outro fator que as doenças contribuem; é para o desenvolvimento espiritual, pois ainda que sejamos extremamente egoístas ao estarmos encurralados buscamos uma força transcendental capaz de nos confortar proporcionando segurança e equilíbrio para enfrentarmos as dores.

Mas, um outro fator que nos leva rever o modelo de vida e de como relacionamos conosco e com o próximo é a morte de um ente amado, e aqui destaco a perda de um filho. Não há dor para descrever esta dor. Perder um filho é como se perder também. É como perder o horizonte e não conseguir vislumbrar o amanhã. É como perder o teto, o chão novamente, ou seja, é cair a ficha de que somos finitos humanamente e descobrir a importância da vida bem vivida. É descobrir o verdadeiro valor do que os filhos significam para os pais, que no corre, corre da vida alguns não se dão conta.

A perda de um ente amado é algo que nos abala profundamente em relação à existência e nos provoca uma mudança de atitude, de comportamento e de como devemos viver cada dia, ou seja, não deixando para o amanhã, nada do que podemos fazer hoje. Não deixando para nós e nem aqueles que amamos serem felizes amanhã. Descobrimos que, de todos os bens que possuímos o mais importante é o amor que devemos dar a nós e todos os que nos rodeiam. Deixando de viver uma doença de acumular riquezas (bem materiais), para conquistar outras formas de riquezas (amizade) e passar valorizar mais o tempo presente do que o tempo passado ou ao que há de vir. Por fim, somos muitos frágeis, na verdade, somos cristais que se quebram com facilidade.

Portanto, seria importante que de fato os acontecimentos dolorosos pelos quais somos obrigados a viver, sirvam-nos de experiências, mas que, estas experiências não sejam apenas por um momento e nem que sejam apenas no pensamento, mas que se concretizam em nossa nova maneira de ser.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Faça, o que te faça bem


Faça, o que te faça bem

Se chorar, faz-te bem; chore
Se o silêncio conforta-te; silencie
Se falar alivia-te; fale
Se a multidão, acalma-te; procure-as
Se ficar só, sente-te melhor; fique.
Se rezar, serena-te; reze
Ou seja, o que importa
Não é fazer o que te pedem
Mas, o que te sintas bem
Porém, não permitas
Que a dor, seja maior que você
Que o amor transforma-se
Numa doença
Roubando-te a paz
E o prazer em viver.
Ataíde Lemos

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eterno presente


Eterno presente


O tempo passa,
Mas, você não
A saudade aumenta
E aperta o coração.
Já faz um mês,
Parece que foi ontem
Tua ida me fez
Parar no tempo,
E faz crescer
A intensidade
Da saudade
Que aperta o peito.
Às vezes me esqueço,
Para não pensar em você
Mas, não tem jeito
Pois moras em mim
E sempre me pego
Pensando em ti.
Em sua maneira
Singular de ser,
Em nossas risadas,
Discussões
Confidências
Nas brincadeiras
Até no gosto das canções.
Em seu jeito sério
Ou dissimulado.
Ah! meu querido,
Meu amigo,
Meu filho
Está sempre presente
Nas lembranças
Que faz do meu passado
Um eterno presente.
Se já era poeta
Agora mais ainda serei
Pois será minha inspiração
Toda vez que a saudade apertar
Em versos te escreverei
O que abriga no coração.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pais que perderam filhos



A perda de um filho é algo que desmonta a estrutura emocional dos pais. É difícil descrever a dor que se instaura neles, pois cada um tem uma reação diferente, no entanto, o que se torna comum em todos é a profunda amargura que se aloja em seus sentimentos. Parece que viver perde o sentido, a imagem que permanece constantemente na memória dos pais é a do filho desde a hora que levanta até o momento de dormir.

Cada pessoa tem reações diversas, como também possuem algumas peculiaridades em lembrar do filho que partiu, levando-os a terem reações psicossomáticas que acabam desencadeando doenças emocionais e biológicas.

Seus comportamentos diferem; uns preferem mais o silêncio, enquanto outros conversarem sobre o filho (a) que se foi atenua a dor. Mas, o que podemos perceber é que as reações emocionais vão se diferindo conforme o tempo, ou seja, o que é bom num determinado momento em outros já não fazem tão bem mais. Para uns o tempo contribui para amenizar a dor, enquanto que para outros o passar do tempo intensifica ainda.

Outro fato importante se destacar é que, para aqueles pais que possuem uma espiritualidade que é vivenciada, sente-se certa frustração, por não assimilarem os propósitos de Deus. Muitas vezes de maneira que seus filhos se vão, isto é, uma doença ou por meio de acidentes, crimes, etc. Pois, para os pais é um golpe muito grande que recebem de um Pai que é concebido como Amor. No entanto, mesmo ocorrendo este sentimento de incompreensão com Deus, é a espiritualidade que colabora para um conforto, muito embora, não cure a dor da saudade que permanece nas lembranças que surgem constantemente e também na inconformidade da perda. É fundamental entendermos que o ser humano é inconstante, ou seja, muitas vezes uma palavra amiga acalenta o coração, mas, quando vem a saudade, retorna-se todo o sentimento da perda novamente. Ainda comentando sobre a espiritualidade é preciso ressaltar que algumas crenças ajudam pais lidarem melhor com a morte e especificamente a perda de filhos, por acreditarem que mesmo o filho morrendo permanecem em contatos com eles.

Embora, saibamos que a morte é algo inevitável e que todos, um dia passarão por ela, a reação emocional, o trauma pela perda de um filho é completamente diferente e sem proporção em relação à perda dos pais e irmãos, pois o filho está ligado intrinsecamente aos pais, tornando-se parte deles. O amor dos pais para com os filhos é algo inexplicável e também a morte do filho antes dos pais é um ciclo avesso do natural da vida, ou seja, o que seria normal são filhos enterrarem os pais e não vice-versa.

Acredito ser fundamental que entidades religiosas, profissionais da área de saúde e mesmo a mídia de um modo geral aprofundem se empenhando em abordar este tema “Pais que perderam filhos”. É essencial que o Estado também crie programas de atendimento especifico para estes pais, pois há uma imensa parcela deles que sofrem e que perderam o estímulo de viverem por não saberem como lidar com a perda de seus filhos.


Ataíde Lemos
escritor e poeta

sábado, 30 de julho de 2011


Os maiores bens que nesta vida deixamos é a alegria, amizade e a certeza de que o tempo não apagará nossa memória, pois a partida deixará saudade. Ataíde Lemos

sexta-feira, 29 de julho de 2011

És Deus de Perto


És Deus de Perto


Quando me bateu saudade
Ao invés de me entristecer
Briguei contra minha vontade
A esperança fez-me renascer.

Pensei em sua intensa alegria,
Os olhos de felicidade
Que brilhavam de ti todos os dias
E que fazia parte de sua realidade.

Em prática procurei colocar
Verdades que norteou meu viver,
Neste mundo tudo pode passar
Mas, em Deus está o nosso Ser.

Revivi Suas promessas ditas
Que mesmo o tempo passando
Todas elas foram cumpridas
Não deixaste o homem abandonado.

A saudade transformou em paz
A tristeza não permiti me apossar
O amor de Deus nossa vida tudo refaz
Quando a dor quer nos derrubar.

Ataíde Lemos

A estrada da vida


A estrada da vida


Na vida provamos deliciosos sabores
Vemos maravilhas que nos encantam
Sentimos sensações inesquecíveis
Momentos que maravilham nosso viver.

Porém, na vida, provamos o amargo sabor do fel
Vemos imagens que tornam-se pesadelos
Sentimos sensações que arrepiam nosso Ser
Momentos terríveis que jamais queremos viver.

Assim, é a estrada da vida
Com suas nuances faces
Que precisamos por ela passar.
Às vezes, torna-se curta demais
Por tantos momentos mágicos
E noutras longa a sua travessia,
Pelas dores que o seu caminhar nos provoca.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A vida vale muito e vale nada










A vida vale muito, mas também vale tão pouco
Hoje estamos sorrindo, amanha estamos mortos.
Para que construir tesouros que não poderá levar
E macular uma historia por não ter aprendido amar!

Daqui nada se leva, mas deixamos nossos feitos
Mesmo que nos enxergamos repletos de defeitos.
Cumprir bem a missão, este deve ser nosso dever
Para quando dele partirmos boa semente florescer.

É triste ver pessoas se julgando maiorais!
Tenho pena de pessoas que se acham imortais
Humilham semelhantes se imaginando ser os tais.

De que vale a arrogância, a ganância ou a avareza
Os abastados humilharem os quem vivem na pobreza
A vida é breve e a morte é nossa única certeza.
Ataíde Lemos

Por ti










Você é uma história presente
Que o tempo não leva
Pelo contrário,
Cada vez mais intensifica
A saudade que a todo instante
Traz-te à tona em minha mente.

Teu sorriso, tua alegria
Teu jeito singular de ser
Atualiza em meu coração
A tua memória, fazendo-me
Ser alegre, já não tanto por mim,
Mas ser feliz por você.
Pois, a tua felicidade era intensa
E manter-me triste
É não fazer o teu querer
Então, custe o que custar
Por ti, quero me alegrar.
Ataíde Lemos

sábado, 23 de julho de 2011

Meu começo, meio e fim


Às vezes quando é doída a saudade
Perguntas vêm em meus pensamentos
Difícil ter que conviver com a realidade
De ter-te apenas em meus sentimentos.

Olho por longo tempo para o firmamento.
E a minha pequenez não faz compreender.
Sei que Deus é amor, mas nestes momentos
A dor tira-me a lucidez e fico nos porquês.

Mas Ele surge com sua a mansidão
Logo vai abrandando o meu coração
E novamente sinto a paz voltar a reinar.

Concluo que És meu começo, meio e fim
E que sei que nada que seria de mim
Em teu coração que encontro meu abrigo.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eterna lembranças


Eterna lembrança

Tua partida é uma dor constante
Porém, já não é doida como antes
Porque em mim, há uma certeza
Mesmo diante a minha fraqueza.

Minha fé diz; que a sua nova morada
Nem de perto com esta é comparada
Por isto, quando a dor vem apossar-me
Nos braços de Deus vou repousar-me

Sinto-te junto, dentro de meu coração
Tua lembrança é balsamo na emoção
Dando-me forças para a vida caminhar.

Não sou dono de meus sentimentos
Lembrá-lo, volta-me ao pensamento
Mas, não é mais uma dor de lamúria.

Ataíde Lemos

terça-feira, 19 de julho de 2011

Nosso Matheus


Nosso Matheus

Nosso Matheus;

Tocar-te, ouvir-te

Olhar nos olhos teus

Teu corpo sentir

Ver teu sorriso

Com você brincar

Fazer carinhos

Te estressar

Te ver crescer

E tantas outras coisas

Não poderemos mais.

Mas, vamos te ter

Dentro de nosso Ser

Esquecer-te jamais

Pois está em nós

Mora em nós

É um pedaço nosso

Que mesmo ausente

Fisicamente

Permanece presente.

Sei que vives

Amando-nos como antes

Talvez ainda mais perto

Agora, não como filho

Mas como um anjo

Protegendo-nos

Intercedendo a Deus

Para que cuide dos seus

Até o dia que novamente

Nos encontraremos

E eternamente viveremos.

Ataíde Lemos

Valdicéia

Diego Lincohn

Laís e amigos

domingo, 17 de julho de 2011

Minha Estrelinha


Minha estrelinha

Ao olhar pro céu uma estrela me chamou atenção
O seu brilho entre todas as outras se destacava
A sensação que de um jeito pra mim ela brilhava
E que desejava que a visse todo o seu clarão.

Meu coração se encheu de emoção ao perceber
Que aquela estrela era você que estava me olhar
E uma paz sentiu o meu coração ao entender
Que mesmo longe, não deixava de comigo estar.

Quando a saudade aperta olho pro céu te vejo brilhar
E meus sentimentos se acalmam, pois sei que você
Para um outro mundo se foi, mas está a me acompanhar.

E assim, vou seguindo vida sem nela me apegar
Fazendo de cada dia um único e vivendo o presente
Até o momento em que com você estarei a brilhar.

Ataíde Lemos

A saudade dói

Cartão - Mensagem

sábado, 16 de julho de 2011

Mesmo partindo tão cedo te ter valeu a pena




Ao perder meu filho de 16 anos em um acidente de bicicleta quando retornava para o trabalho após almoço, numa morte sem sentido, já que ele estava devagar numa reta e se perdeu vindo a cair debaixo de um caminhão – diga-se de passagem que o caminhão trafegava devagar – fiquei-me questionando entre meus pensamentos: Não seria melhor Deus não me ter presenteado com ele, já que viria busca-lo num momento especial da sua vida? Pois estava na melhor fase da vida, ou seja, quando apenas vive-se para si mesmo, gozando de muitos amigos, uma vida plena de felicidade e cheia de planos, embora, meu filho vivia intensamente o presente e perdermos de forma súbita e estúpida como foi?

Fiz também este questionamento para minha esposa, isto é, diante tamanha dor que estamos sentindo e que certamente transformará nossa existência de uma maneira substancial, vivendo com esta dor da saudade até o fim de nossos dias se valera a pena ele ter nascido – embora, me questionei também, já tinha minha resposta, mas queria saber o pensamento dela ao vê-la sofrendo tanto.

Mesmo com toda a dor e os olhos em lágrimas, sem titubear respondeu que sim. Que valeu a pena. Foram 16 anos intensos de amor, de dedicação, de carinho e de um sentimento que jamais se perderá pelo tempo afora, muito embora, tenha que viver sem a presença física, sem ver seu sorriso, sem mais preparar a comida que ele gosta e espera-lo para o almoço. Mesmo com um lugar desocupado na mesa, um quarto e uma cama vazia. Mesmo sem poder ver seu sorriso e suas brincadeiras. Sem ouvir o tom da sua voz e não poder sentir o cheiro de seu corpo em suas roupas. Enfim, mesmo tendo que, a partir de agora, apenas viver de lembranças e conviver com uma cicatriz que sempre sangrará quando menos se esperar ou em datas comemorativas sentir a sua falta, ainda assim valeu a pena, pois, a semente que foi plantada pela sua vida no meio de nós sempre manterá frutificada e todas as emoções vividas fazem e farão parte de uma história linda em nossas vidas.

Se nossas vidas não serão as mesmas com a sua partida, jamais teria sido a vivida se ele não tivesse vindo. Por isto, diante este vazio que se abriu há mais alegria pela sua existência do que haveria se não o tivesse nascido.

Ainda é preciso ressaltar que a fé nos faz acreditar que a morte física tem outro nome, ou seja, é apenas uma passagem de uma vida terrena e corruptível para uma nova vida, onde não a dor e nem sofrimento. Sendo assim, ainda que convivemos 16 anos juntos, permanecemos unidos no sentimento e na certeza de que um dia nos encontrarmos novamente.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta


Os tesouros mais preciosos que deixamos ao passarmos pela vida terrena são: o amor e a amizade que plantamos. Ataíde Lemos