quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Saudade que não passa



Saudade que não passa


Olhei seu retrato, tocou fundo
Olhei bem dentro de teus olhos
Parecia querer algo me dizer.
Meus olhos encheram de água
De uma saudade que não passa
E nem quero que passe jamais
Mas, uma indagação não passa:
Por que, por que, por que?

Meus pensamentos estão em você
Em tudo que vejo, todo o tempo.
Está tão dentro e presente em mim
Que de um momento para o outro
Vejo-te em alguma cena, num olhar
Numa estatura física, e fico admirando
Aquele teu jeito. Presto tanta atenção
Que muitas vezes, até chama atenção.

Às vezes, meus olhos se cegam
Entre as lágrimas que eles cobrem
É uma dor que não tem explicação
Dói sem dor, é incolor, aperta o coração.
Mas, fazer o que?
É preciso com ela conviver
E procurar na esperança sobreviver.

Ataíde Lemos 

sábado, 17 de novembro de 2012

Além do horizonte




Além do horizonte 

Sei que além do horizonte
Além do meu olhar
Num jardim florido
Entre rosas, orquídeas
Num imenso jardim
Num campo extenso
Perto de um lago imenso,
Entre tantos,
Estás sorrindo, brincando
Como sempre foi aqui.

Sei que além do horizonte
Teus olhos brilham
De felicidade
Numa alegria sem fim
Está na plenitude do amor
Junto a tantos
Que te antecederam;
Anjinhos, adolescentes
E vários outros
Que fazem parte
Da família agora.


Ataíde Lemos 

Quanto tempo faz



Quanto tempo faz

Quanto tempo faz
Que não te vejo mais
Mas, está do mesmo jeito
Em estado perfeito.
Tudo que é teu
Guardo no peito meu
O tempo se vai
Porém, você não sai.
Não te deixo partir
E doce te sentir
E ter-te presente
Eternamente
No meu coração
Em minha emoção.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Relato



Um dia Deus me falou ao coração “Dei-te um dom que é escrever, por isto te peço, publica um livro para mim” eu respondi; Senhor é o que mais quero, mas é tão difícil, pois as pessoas não compram livros, a gente gasta com publicações e eles ficam guardados. Mas, aquele pedido de Deus foi intenso em meu coração que após uma semana, o material já estava pronto para enviar a editora. Faltava-me o titulo: então; um poema contido nos manuscritos, chamou-me atenção; “O Abraço do Pai” e assim, dei este titulo ao livro. Na escolha da capa pensei num provérbio bíblico e encontrei um que me chamou também muito atenção: cap. 12; 25 “A angustia deprime o coração, mas a boa palavra reanima” e disse para mim: este será o provérbio que colocarei na capa.

O livro ja estava na editora faltando apenas a ilustração da capa. De repente, Deus leva meu filho. A angustia deprimiu meu coração e disse para mim: Não vou publicar mais o livro, Deus foi injusto comigo, dediquei-me a escrever uma obra para Ele e me tira meu mais precioso tesouro. Deus é ruim, isto é, se ele existe de fato.

Deus fez silêncio, deixou que aquela imensa dor e revolta passasse e aos poucos foi falando no coração. “filho, continua o livro, coloque a foto do Matheus e um poema dedicado para ele logo no inicio, assim, você fará uma homenagem para nosso filho e também ele será um grande intercessor para os que lerem o livro”. E assim eu fiz.

Hoje quando leio “O Abraço do Pai”, percebo que em cada poema, em cada reflexão está contida uma palavra de esperança, de cura, de libertação. Ou seja, Deus, colocou as palavras certas para aqueles que precisam do seu abraço, do seu carinho, do seu aconchego.

Este comentário acima, não é um apelo para vender o livro, mas um relato que gostaria de deixar, pois, Deus escreve certo por linhas tortas. Os pensamentos de Deus não sãos nossos e mil anos para nós é como um dia para Ele. Ainda que morramos sem um dia entender, alias, Deus, não é para ser entendido, mas sim, amado sobre todas as coisas.

Ataíde Lemos