quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Viveu intensamente II



Viveu intensamente II


Da saudade restou a alegria
Que acalenta meu coração
Viveu intensamente cada dia
De seu dia
Não deixou para o amanhã.
Fez da vida uma linda canção
Curtindo cada momento
Como primeiro e único dia;
Sorriu, brincou, festejou
Amou, chorou
E quando foi preciso
Seu ombro afagou
Quem precisou do seu calor.
Partiu e nada levou,
Mas tudo deixou
Que se tornou presente
Mesmo ausente.

Ataíde Lemos

sábado, 24 de agosto de 2013

Tua alegria me cura



     Quando bate uma saudade enorme de você, fecho meus olhos viajo no tempo e te vejo sorrindo, feliz então, a tua alegria contagia meu coração. 

Ataíde Lemos 
Escritor & Poeta 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Soneto a quatro mãos



Soneto a quatro mãos 

Você é será sempre minha inspiração 
em qualquer tempo, em qualquer verão
seja na minha tristeza ou na alegria
sempre trará algo novo em meu dia.

Meu coração ao teu está entrelaçado
pensamentos e sentimentos abraçados
basta pensar em ti e algo vem à mente
juntos construímos um poema diferente.

É o encontro de almas que se amam
e permanecem unidas para sempre
se comunicando frequentemente.

Inspiração escritas a quatro mãos
atreladas em apenas um coração
em versos escrevem suas emoções. 


Ataíde Lemos 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O que dizer nestas horas!?



O que dizer nestas horas!?

O que dizer aos pais que perdem filhos quando você já passou pela mesma experiência de dor? Alias não passou, mas sim passa, pois a perda de um filho é uma dor e saudade eterna. Evidentemente, com o tempo a dor se diferencia daquela do ato da perda, mas, torna-se um espinho que fica na alma e que volta e meia dá suas agulhadas nos provocando dores.

Certamente, não encontramos palavras a não ser um olhar profundo, um abraço apertado, assim como Deus nestes momentos faz conosco.  No seu silêncio profundo, Ele nos ouve, sente nossa dor e nada responde a não ser nos acolher com seu amor de pai.

Tudo que pensarmos em falar será pouco diante tamanha dor, talvez este também deva ter sido o silencio daquele apostolo (João) que estava junto com Maria aos pés da cruz, apenas abraçando-a, enquanto, ela sofria ao ver seu filho agonizando e morto na cruz.

O silêncio são as melhores palavras que podemos dizer nestas tristes horas. O abraço é o mais sincero sentimentos que possamos expressar e compartilhar com um pai, com uma mãe num momento de extrema dor nestas horas tão dolorosa.

Neste  momento de dor os pais estão perdidos, perplexos sem entender, sem querer aceitar tamanho acontecimento. Com um coração pequenino, diante uma tragédia que lhe abala suas estruturas físicas, emocionais e espirituais. Talvez seus olhos ceguem para todos ali que estão presentes e em sua mente apenas o olhar no filho.

A perda é um sentimento traumático, principalmente, quando é de um ente que faz parte da nossa existência. Quando é de alguém que está intrinsecamente dentro de nós, ainda que creiamos na vida após a morte, a separação física não deixa de ser um sentimento de perda.

Às vezes, muitos na ânsia de nos confortar, consolar nos trazem palavras de esperança de fé, usando frases bíblicas. Certamente, estas frases ditas por Jesus nos confortam, no entanto, é preciso dizer que mesmo Jesus sendo a ressurreição e a vida ao ver seu grande amigo morto e sentindo a dor de suas irmãs chorou. Não foi um choro falso, mas sim, um sentimento de compaixão por aquelas mulheres que estavam ali completamente perdidas, desconsoladas e tristes pela morte do irmão.

Enfim, nossa atitude diante uma mãe, um pai nestas horas tão dolorosas nossa atitude deve ser de compaixão, de sentir em nós esta mesma dor e através de gestos e poucas palavras demostrar toda nossa solidariedade, todo nosso sentimento de amor para com estes e assim, a nossa ternura e calor agasalhem estes corações dilacerados.   

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta 

O nascimento de um filho

          

         
          O nascimento de um filho é a maior felicidade proporcionada aos pais e sua partida a maior dor que somente é superada pelo amor do mesmo. 

Ataíde Lemos 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O que a ciência não explica sobre o outro lado da vida




O que a ciência não explica sobre o outro lado da vida


Interessante, a ciência e muitos cientistas ateus procuram sempre encontrar uma resposta para os fenômenos sobrenaturais, ou seja, fenômenos que não são conhecidos de maneira absoluta, mas sim, apenas explanados de formas teóricas.

Um destes fenômenos são as experiências espirituais que muitos relatam após terem passado por estados quase morte por meio de uma parada cardíaca e depois voltados. O interessante é que estes relatos são sempre idênticos, apenas com detalhes aqui acolá diferentes.

Porém, gostaria de ater a outro fenômeno interessante que comumente ocorrem antes das pessoas morrerem.  É muito comum, pessoas antes de falecerem seja por uma doença ou mesmo por um acidente ou qualquer outro tipo que o leve a óbito, relatar sonhos com pessoas que já morreram. Isto é comum. Acredito que todos nós já presenciamos histórias contadas por falecidos que dias que antecederam suas mortes sonharam com pais, filhos, irmãos que já se foram como que tais sonhos fossem chamados deles ou uma maneira de acolhida por estes entes falecidos. Estes sonhos, estas visões acabam de certa forma, aliviando o sofrimento e muitos falecem em paz.

Além destes fenômenos ocorridos com os que morreram muitas vezes, nós sempre de alguma forma somos avisados quando acontecerá o falecimento de uma pessoa próxima de nós. Quantas e quantas vezes, ouvimos relatos de pessoas que dizem ter sonhado algo triste e de repente, no outro dia, recebeu a noticia do falecimento de uma pessoa próxima? Acredito que já aconteceu conosco, pelo menos, comigo já acorreu por varias vezes.

Também, um fenômeno que ocorre comumente é quando está para acontecer algo trágico com alguém do nosso meio, muitas vezes, nossos corpos e emocional reagem de forma a nos preparar para algo sem mesmo entendermos. Este tipo de fenômenos é comum ouvirmos. Parece que se antever que algo ruim vai ocorrer.  

No dia que meu filho faleceu eu acordei mal, lembro-me que disse a minha esposa, não estou bem. Estou sentindo uma dor estranha no peito, uma profunda tristeza interior, passou-se duas horas de ter dito para ela, recebi a noticia que meu filho havia sofrido um acidente e estava morto.

Por que falar sobre isto? Porque há um abismo enorme entre o nosso conhecimento e os fenômenos sobrenaturais. A ciência jamais explicará o sobrenatural, porque ela trabalha com o palpável. Ela não explica o espiritual. Não explica o que está além do seu conhecimento. Ela não tem material psíquico substancial para explicar o que está fora do alcance dela. No entanto, todos já experimentaram – ou a imensa maioria – situações que fogem a lógica humana, mas que facilmente é plausível pela fé e isto vem reforçar uma vida além desta a qual não temos nenhum conhecimento a não ser os que as diversas crenças retratam e uma delas a que eu creio é que Jesus nos passou, inclusive, estando conosco por 40 dias após sua morte.

Ataíde Lemos

Escritor & poeta 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Juntinho de mim



Juntinho de mim

O tempo passa vagarosamente
E um filme me vem
Vejo seu rosto tão lindo
Seu sorriso no olhar
Não vai, está no mesmo lugar.

Tudo me faz ter você
Tudo te traz à tona
E me vejo sorrindo sozinho
Numa viagem que me faz sonhar
Com nossas histórias recordar.

Não sei se é saudade
Que sinto de você
Pois em tudo que vejo
Sempre está comigo
E sua alegria também.
É tão bom sentir assim
Ver-te com os olhos do coração
Tendo juntinho de mim.

Ataíde Lemos 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Quando sonho com você



Quando sonho com você é como se sentisse vindo me visitar e meu dia se transforma, nem a saudade me entristece. 

Ataíde Lemos 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como é viver com a perda de um filho



Como é viver com a perda de um filho

Meu filho partiu deste mundo há dois anos e 43 dias. Nenhuns destes dias se passaram sem que pensasse nele, seja vendo alguma cena, ouvindo alguma musica, vendo ele em alguém, enfim, ele sempre está presente de uma forma ou de outra. Muitas vezes, bate uma saudade intensa, no entanto, esta sua presença no pensamento, nos sentimentos não me faz desanimar de seguir em frente. Não me deixa parar na beira do caminho, não me faz parar de viver este presente me dado que é a vida, pelo contrário, é uma lembrança, ainda que nostálgica, que seja dolorida me faz sentir bem, pois, somente, lembramo-nos de pessoas as quais moram dentro de nós e que não queremos de forma alguma as esquecer. Somente vivem em nossos sentimentos aqueles que fazem parte de nossa vida, de nossa história e como tal, elas sempre surgem no pensamento e de alguma maneira nos envolve em emoções.

Não posso falar pelos outros, mas, acredito que estas palavras devem expressar os mesmos sentimentos daqueles que perderam também filhos. Às vezes, até me sinto egoísta, pois meus pais já se foram e a saudade deles, embora, seja grande, mas é incomparável a do meu filho, talvez, seja porque somos emocionalmente, espiritualmente  preparados para que eles se vão antes de nós.

O que vejo é que com o passar do tempo, ainda que, como colocado, todos os dias meu filho está em meu pensamento e muitas vezes durante o dia, o coração vai sendo acalentado e esta falta torna-se menos dolorida, talvez seja porque acostumamos com a dor, com a ausência e assim, aprendemos a conviver com ela de maneira menos traumática ou também, pela fé de acreditar na eternidade sentimos a presença de Deus que vem transformar esta dor em esperança.  


Ataíde Lemos
Escritor & Poeta  

Meu pequeno anjo



Meu pequeno anjo

Meu pequeno anjo
Meu amigo e protetor
Sempre ao meu lado
Com seu carinho e calor
Aquecendo meu coração
Faz-me sentir prazer
Para seguir em frente
E fazer de cada dia
Um sentido para viver.

Meu pequeno anjo
Sua luz me ilumina
E o seu perfume
Vem dissipar a dor
Da saudade que grita
Pela sua ausência
Que é impreenchível.

Mesmo que meus olhos
Não conseguem te ver
Você está aqui ao lado
E podes me olhar
Até sinto me abraçar
Quando me vês triste.

Ataíde Lemos 


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Encontramo-nos em sonhos



Encontramo-nos em sonhos 

Viajo até as estrelas para te encontrar,
busco nos meus sonhos ver teu olhar,
compartilhar com você bons momentos
tendo-te presente não só nos sentimentos.

Não somente nas lembranças de um passado
que me faz feliz, mas deixa o coração apertado
por não ouvir o tom da tua voz e poder te abraçar.
Vivemos uma realidade, mesmo que vou acordar.

No dia seguinte, novamente o teu silêncio ouvirei
porque você se foi e quando voltará outra vez não sei,
mas, pelo menos, estivemos juntos por um momento.

Desta forma, matamos a saudade que mora em nós
pela separação que a vida nos proporcionou,
porém, este nosso amor a morte nos separou.

Ataíde Lemos