
Blog dedicado ao nosso filho Matheus, que aos 16 anos foi morar com Deus, ao ser atropelado por um caminhão quando retornava ao trabalho de bicicleta, após almoço. Sua partida abriu um sentimento de saudade que permanecerá para sempre, no entanto, sua presença espiritual continua conosco transformando a alegria dele na nossa o qual nos conforta e dá a certeza que a morte não é o fim, mais apenas o nascimento de uma nova estação. * 2/06/1995 † 2/07/2011 Ataíde Lemos e família
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Viveu intensamente II
Viveu intensamente II
Da saudade restou a alegria
Que acalenta meu coração
Viveu intensamente cada dia
De seu dia
Não deixou para o amanhã.
Fez da vida uma linda canção
Curtindo cada momento
Como primeiro e único dia;
Sorriu, brincou, festejou
Amou, chorou
E quando foi preciso
Seu ombro afagou
Quem precisou do seu calor.
Partiu e nada levou,
Mas tudo deixou
Que se tornou presente
Mesmo ausente.
Ataíde Lemos
sábado, 24 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Soneto a quatro mãos
Soneto a quatro mãos
Você é será sempre minha inspiração
em qualquer tempo, em qualquer verão
seja na minha tristeza ou na alegria
sempre trará algo novo em meu dia.
Meu coração ao teu está entrelaçado
pensamentos e sentimentos abraçados
basta pensar em ti e algo vem à mente
juntos construímos um poema diferente.
É o encontro de almas que se amam
e permanecem unidas para sempre
se comunicando frequentemente.
Inspiração escritas a quatro mãos
atreladas em apenas um coração
em versos escrevem suas emoções.
Ataíde Lemos
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
O que dizer nestas horas!?
O que dizer nestas horas!?
O que dizer
aos pais que perdem filhos quando você já passou pela mesma experiência de dor?
Alias não passou, mas sim passa, pois a perda de um filho é uma dor e saudade
eterna. Evidentemente, com o tempo a dor se diferencia daquela do ato da perda,
mas, torna-se um espinho que fica na alma e que volta e meia dá suas agulhadas nos
provocando dores.
Certamente,
não encontramos palavras a não ser um olhar profundo, um abraço apertado, assim
como Deus nestes momentos faz conosco.
No seu silêncio profundo, Ele nos ouve, sente nossa dor e nada responde
a não ser nos acolher com seu amor de pai.
Tudo que
pensarmos em falar será pouco diante tamanha dor, talvez este também deva ter sido
o silencio daquele apostolo (João) que estava junto com Maria aos pés da cruz,
apenas abraçando-a, enquanto, ela sofria ao ver seu filho agonizando e morto na
cruz.
O silêncio são
as melhores palavras que podemos dizer nestas tristes horas. O abraço é o mais
sincero sentimentos que possamos expressar e compartilhar com um pai, com uma
mãe num momento de extrema dor nestas horas tão dolorosa.
Neste momento de dor os pais estão perdidos,
perplexos sem entender, sem querer aceitar tamanho acontecimento. Com um
coração pequenino, diante uma tragédia que lhe abala suas estruturas físicas, emocionais
e espirituais. Talvez seus olhos ceguem para todos ali que estão presentes e em
sua mente apenas o olhar no filho.
A perda é um
sentimento traumático, principalmente, quando é de um ente que faz parte da
nossa existência. Quando é de alguém que está intrinsecamente dentro de nós,
ainda que creiamos na vida após a morte, a separação física não deixa de ser um
sentimento de perda.
Às vezes, muitos
na ânsia de nos confortar, consolar nos trazem palavras de esperança de fé,
usando frases bíblicas. Certamente, estas frases ditas por Jesus nos confortam,
no entanto, é preciso dizer que mesmo Jesus sendo a ressurreição e a vida ao
ver seu grande amigo morto e sentindo a dor de suas irmãs chorou. Não foi um
choro falso, mas sim, um sentimento de compaixão por aquelas mulheres que estavam
ali completamente perdidas, desconsoladas e tristes pela morte do irmão.
Enfim, nossa
atitude diante uma mãe, um pai nestas horas tão dolorosas nossa atitude deve
ser de compaixão, de sentir em nós esta mesma dor e através de gestos e poucas
palavras demostrar toda nossa solidariedade, todo nosso sentimento de amor para
com estes e assim, a nossa ternura e calor agasalhem estes corações dilacerados.
Ataíde Lemos
Escritor &
Poeta
O nascimento de um filho
Ataíde Lemos
terça-feira, 20 de agosto de 2013
O que a ciência não explica sobre o outro lado da vida
O que a ciência não explica sobre o
outro lado da vida
Interessante, a ciência e muitos
cientistas ateus procuram sempre encontrar uma resposta para os fenômenos sobrenaturais,
ou seja, fenômenos que não são conhecidos de maneira absoluta, mas sim, apenas
explanados de formas teóricas.
Um destes fenômenos são as experiências
espirituais que muitos relatam após terem passado por estados quase morte por
meio de uma parada cardíaca e depois voltados. O interessante é que estes
relatos são sempre idênticos, apenas com detalhes aqui acolá diferentes.
Porém, gostaria de ater a outro
fenômeno interessante que comumente ocorrem antes das pessoas morrerem. É muito comum, pessoas antes de falecerem seja
por uma doença ou mesmo por um acidente ou qualquer outro tipo que o leve a óbito,
relatar sonhos com pessoas que já morreram. Isto é comum. Acredito que todos
nós já presenciamos histórias contadas por falecidos que dias que antecederam
suas mortes sonharam com pais, filhos, irmãos que já se foram como que tais sonhos
fossem chamados deles ou uma maneira de acolhida por estes entes falecidos.
Estes sonhos, estas visões acabam de certa forma, aliviando o sofrimento e
muitos falecem em paz.
Além destes fenômenos ocorridos com
os que morreram muitas vezes, nós sempre de alguma forma somos avisados quando
acontecerá o falecimento de uma pessoa próxima de nós. Quantas e quantas vezes,
ouvimos relatos de pessoas que dizem ter sonhado algo triste e de repente, no
outro dia, recebeu a noticia do falecimento de uma pessoa próxima? Acredito que
já aconteceu conosco, pelo menos, comigo já acorreu por varias vezes.
Também, um fenômeno que ocorre
comumente é quando está para acontecer algo trágico com alguém do nosso meio,
muitas vezes, nossos corpos e emocional reagem de forma a nos preparar para
algo sem mesmo entendermos. Este tipo de fenômenos é comum ouvirmos. Parece que
se antever que algo ruim vai ocorrer.
No dia que meu filho faleceu eu
acordei mal, lembro-me que disse a minha esposa, não estou bem. Estou sentindo
uma dor estranha no peito, uma profunda tristeza interior, passou-se duas horas
de ter dito para ela, recebi a noticia que meu filho havia sofrido um acidente
e estava morto.
Por que falar sobre isto? Porque
há um abismo enorme entre o nosso conhecimento e os fenômenos sobrenaturais. A
ciência jamais explicará o sobrenatural, porque ela trabalha com o palpável. Ela
não explica o espiritual. Não explica o que está além do seu conhecimento. Ela
não tem material psíquico substancial para explicar o que está fora do alcance
dela. No entanto, todos já experimentaram – ou a imensa maioria – situações que
fogem a lógica humana, mas que facilmente é plausível pela fé e isto vem
reforçar uma vida além desta a qual não temos nenhum conhecimento a não ser os
que as diversas crenças retratam e uma delas a que eu creio é que Jesus nos
passou, inclusive, estando conosco por 40 dias após sua morte.
Ataíde Lemos
Escritor & poeta
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Juntinho de mim
Juntinho de mim
O tempo passa vagarosamente
E um filme me vem
Vejo seu rosto tão lindo
Seu sorriso no olhar
Não vai, está no mesmo lugar.
Tudo me faz ter você
Tudo te traz à tona
E me vejo sorrindo sozinho
Numa viagem que me faz sonhar
Com nossas histórias recordar.
Não sei se é saudade
Que sinto de você
Pois em tudo que vejo
Sempre está comigo
E sua alegria também.
É tão bom sentir assim
Ver-te com os olhos do coração
Tendo juntinho de mim.
Ataíde Lemos
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Quando sonho com você
Quando sonho com você é como se sentisse vindo me visitar e
meu dia se transforma, nem a saudade me entristece.
Ataíde Lemos
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Como é viver com a perda de um filho
Como é viver com a perda de um filho
Meu filho partiu deste mundo há dois
anos e 43 dias. Nenhuns destes dias se passaram sem que pensasse nele, seja
vendo alguma cena, ouvindo alguma musica, vendo ele em alguém, enfim, ele
sempre está presente de uma forma ou de outra. Muitas vezes, bate uma saudade
intensa, no entanto, esta sua presença no pensamento, nos sentimentos não me
faz desanimar de seguir em frente. Não me deixa parar na beira do caminho, não
me faz parar de viver este presente me dado que é a vida, pelo contrário, é uma
lembrança, ainda que nostálgica, que seja dolorida me faz sentir bem, pois,
somente, lembramo-nos de pessoas as quais moram dentro de nós e que não
queremos de forma alguma as esquecer. Somente vivem em nossos sentimentos
aqueles que fazem parte de nossa vida, de nossa história e como tal, elas
sempre surgem no pensamento e de alguma maneira nos envolve em emoções.
Não posso falar pelos outros,
mas, acredito que estas palavras devem expressar os mesmos sentimentos daqueles
que perderam também filhos. Às vezes, até me sinto egoísta, pois meus pais já se
foram e a saudade deles, embora, seja grande, mas é incomparável a do meu
filho, talvez, seja porque somos emocionalmente, espiritualmente preparados para que eles se vão antes de nós.
O que vejo é que com o passar do
tempo, ainda que, como colocado, todos os dias meu filho está em meu pensamento
e muitas vezes durante o dia, o coração vai sendo acalentado e esta falta
torna-se menos dolorida, talvez seja porque acostumamos com a dor, com a ausência
e assim, aprendemos a conviver com ela de maneira menos traumática ou também,
pela fé de acreditar na eternidade sentimos a presença de Deus que vem transformar
esta dor em esperança.
Ataíde Lemos
Escritor & Poeta
Meu pequeno anjo
Meu pequeno anjo
Meu pequeno anjo
Meu amigo e protetor
Sempre ao meu lado
Com seu carinho e calor
Aquecendo meu coração
Faz-me sentir prazer
Para seguir em frente
E fazer de cada dia
Um sentido para viver.
Meu pequeno anjo
Sua luz me ilumina
E o seu perfume
Vem dissipar a dor
Da saudade que grita
Pela sua ausência
Que é impreenchível.
Mesmo que meus olhos
Não conseguem te ver
Você está aqui ao lado
E podes me olhar
Até sinto me abraçar
Quando me vês triste.
Ataíde Lemos
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Encontramo-nos em sonhos
Encontramo-nos em sonhos
Viajo até as estrelas para te encontrar,
busco nos meus sonhos ver teu olhar,
compartilhar com você bons momentos
tendo-te presente não só nos sentimentos.
Não somente nas lembranças de um passado
que me faz feliz, mas deixa o coração apertado
por não ouvir o tom da tua voz e poder te abraçar.
Vivemos uma realidade, mesmo que vou acordar.
No dia seguinte, novamente o teu silêncio ouvirei
porque você se foi e quando voltará outra vez não sei,
mas, pelo menos, estivemos juntos por um momento.
Desta forma, matamos a saudade que mora em nós
pela separação que a vida nos proporcionou,
porém, este nosso amor a morte nos separou.
Ataíde Lemos
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