domingo, 12 de fevereiro de 2012

Desalinho



Entre um momento e outro surgia a tristeza,
hoje entre um momento e outro vem a alegria.
Em tudo, meu olhar enxergava belezas
hoje; ainda vejo, mas nem tanto quanto a via.

Paz, por um lado, mas na carne um espinho
de uma humanidade dona de um amor egoísta.
Não te ter presente é tamanho meu desalinho
que minhas emoções, tornam-se imprevistas.

A saudade é um vento frio que ao bater na espinha
congela a alma, revira e transforma as estações;
de primavera, num segundo, inverna as emoções.

Porém, a esperança é como um sol que ilumina,
fazendo com que o gelo, derreta-se e em seu lugar
surjam flores e seu doce perfume me purpurina.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

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